APIACEAE

Eryngium eurycephalum Malme

Como citar:

Pablo Viany Prieto; Tainan Messina. 2012. Eryngium eurycephalum (APIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

42.405,345 Km2

AOO:

72,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre no Mato Grosso e Minas Gerais (Fiaschi, com. pess.); entre 1.250-2.000 m de altitude (Stannard; Zappi, 1995; CNCFlora, 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Pablo Viany Prieto
Revisor: Tainan Messina
Categoria: NT
Justificativa:

<i>Eryngium eurycephalum</i> é uma espécie ocorrente em campos úmidos e rupestres associados ao domínio do Cerrado. ?Apesar de apresentar uma distribuição geográfica relativamente ampla, abrangendo parte dos Estados de Minas Gerais e Mato Grosso, <i>E. eurycephalum</i> está sujeita a um marcado declínio na extensão e qualidade do seu habitat em boa parte da Cadeia do Espinhaço, onde ocorre. Devido a isso, suspeita-se que a espécie venha a ser ameaçada no futuro.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Descrita em Ark. Bot. 3(13): 12. 1904.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Campos úmidos e campos rupestres (CNCFlora, 2011).
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 3.6 Subtropical/Tropical Moist, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland
Detalhes:

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
AMata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área original e menos de 100.000 km²de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, agora possuem menos de 5%de sua floresta original. Dez por cento da cobertura florestal remanescente foiperdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis emvigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentesforam reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastanteseparados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas(criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. Asprincipais causas imediatas da perda de habitat são: a sobrexplotação dos recursosflorestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploraçãoda terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios dogoverno brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam asuperprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foiespecialmente severa nas últimas três décadas; 11.650 km² de florestas foramperdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda dehábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração delenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais einvasão por espécies exóticas (Tabarelli etal., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão deespécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. Apartir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantiosconvencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de25 ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000 km² do Cerrado correspondem a áreasabandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de130 ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens éprejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtivados ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmentelimpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinisminutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de250.000 km² - uma área equivalente ao Estado de São Paulo) está degradada esustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas,invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Considerada "Rara" na Lista de espécies ameaçadas de extinção da flora do Paraná (SEMA/GTZ, 1995).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Parque Natural do Caraça, Catas Altas - MG; PARNA Caparaó, Alto Caparaó - ES; P. E. Itacolomi, Ouro Preto - MG; PARNA Itatiaia, Itatiaia - RJ (CNCFlora, 2011).